segunda-feira, agosto 01, 2011

A decadência do Império Americano

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João Cruzué

A queda do Império Americano pode não ser pela supremacia de um inimigo externo, mas pela falta dele. O último grande inimigo, Osama Bin Laden - já foi morto. O curioso é que desta vez não são: o Exército, a Marinha e a Força Aérea, os agentes de confronto, mas o Congresso americano no trato com as finanças do País. E pela falta de guerras em potencial e inimigos a combater, as forças políticas da nação mais poderosa do mundo estão brincando de cabo de guerra. Enquanto isso o mundo começa a perceber que o Grande Irmão, o Tio Sam, está cambaleando.

Quando John Kenneth Galbraith publicou em 1954 o livro "The Great Crash", relatando a queda "Wall Street" em 1929, ficou claro que a especulação desenfreada na Bolsa de Valores detonou aquilo que o mundo conheceu como "A Grande Depressão", com reflexos no mundo inteiro. Inclusive no Brasil com a Era Vargas e a Revolução de 30, com a perda de poder político dos barões do café paulistas. Mas no livro, JKG mostra que a Bolsa de Nova York não quebrou de um dia para outro. Houve uma bolha crescente de especulação em que não havia nenhum lastro de produção física acompanhando aquela jogatina.

O Século XXI já começou sinalizando que a segurança do Império Americano está sob ataque. O ano de 2001 marcou a entrada do novo milênio e do novo século, e 11 de setembro a derrubada do ninho da Águia - símbolo dos EUA - com o episódio da derrubada das Torres Gêmeas - que o mundo inteiro viu "on line" pela TV. Como cristão pentecostal, analisei que o que aconteceu no plano físico foi consequência de um simples movimento no tabuleiro de xadrez do plano espiritual.

Ferida de surpresa, a nação americana revidou, e atacou duas nações do Mundo Árabe, berço do radicalismo Islâmico. O Afeganistão do sogro de Bin Ladem (Mulá Omar) e o Iraque de Sadan Hussein foram postos no chão - da mesma forma que as duas Torres. Uma para cada país. George W. Bush, o líder dos americanos na época, não tinha outra escolha, usou a política do "big stick". Mas ele não consegui encontrar o mentor e financiador do maior atentado terrorista que o mundo já viu, ainda por cima, praticado no "Jardim" da Casa dos americanos, perante os olhos de todo o mundo. Coube ao governo do Presidente Barack Obama a façanha de encontrar o homem mais procurado do mundo e acabar com sua vida.

A guerra do Afeganistão acabou; não há nada mais a derrubar por lá. A guerra do Iraque também acabou. Os atentados praticados por "homens-bomba" estão escasseando-se. É muito provável que até 2012, muitos soldados voltem para casa. E o conflito na Líbia de Muamar Khadafi acabou mesmo antes de começar e não tinha nada a ver com os atentados terroristas nos Estados Unidos.

E por falta de inimigos e guerras de verdade no plano internacional os políticos americanos se dão ao luxo de iniciar um cabo de guerra entre o Governo, Democrata, e a Oposição, Republicana, ajustando o foco para outro tipo de batalha - As eleições majoritárias de 2012. E a corda é tamanho da dívida externa americana [
1] - mais de 14,3 trilhões de dólares. Como o aumento desta do teto desta dívida é de competência do Congresso, faltando um dia para 02.08.2011, a lei que aumento o tamanho da corda (dívida) ainda não foi publicada.

A dívida americana basicamente é constituída de Títulos do Tesouro Americano. São papéis. Papéis emitidos com a assinatura do Governo. Como a capacidade de pagamento (riquezas e estabilidade política) dos americanos é (era) inquestionável, e o Dólar, a moeda americana, é de uso corrente em todo mundo - pelo alto conceito de riqueza e estabilidade que os Estados Unidos têm (tinham) então todos os países do mundo guardam suas economias aplicando nos Títulos do Tesouro Americano. A China tem mais de 1,1 trilhão de reservas aplicadas nestes títulos. O Japão possui O Brasil
[2] possui aplicações de mais de 210 bilhões de dólares - é o quinto maior credor, atrás da China, Japão, Grã-Bretanha e um grupo de países árabes exportadores de petróleo.

A evidência principal de que a economia americana está combalida é seu déficit público. A cada ano a DESPESA se mantêm maior que a RECEITA. Só em 2010 este déficit foi de USD 1,290,000,000,000.00 (Um trilhão e duzentos noventa bilhões de dólares). O que faz o Tesouro americano: emite títulos (papéis) neste valor que são comprados pelos países que buscam neles uma aplicação segura para guardar suas riquezas. Há 10 anos a nação americana vem gastando mais do que arrecada. A maior parte desta dívida formou-se com o gasto das duas guerras travadas no Afeganistão e no Iraque. Origem: a queda das Torres Gêmeas, consequência: dos movimentos no plano espiritual.

Em um mundo onde a economia se deslocou do Ocidente para o Oriente. Em que a derrubada de duas Torres trouxe o caos econômico para a aviação comercial, e a Indústria do Turismo mundial sofreu um grande baque, o que pode acontecer se os políticos americanos desejarem dar um "susto" na China insinuando um pequeno calote no pagamento de dívidas? Se a bolha imobiliária de 2007/2008 quase quebrou a economia mundial, o que dirá se houver um "efeito manada" em que todos os países credores dos Estados Unidos decidirem se livrar dos Títulos do Tesouro Americano?

Conclusão. A Economia dos Estados Unidos está mal gerida. Os políticos americanos estão brincando de cabo de guerra, não estão nem aí para o que venha a acontecer no mundo. Eles estão preocupados apenas com a eleição de 2012. As Agências de Classificação de Crédito, seguidamente estão rebaixando a nota dos Estados Unidos.

Se acontecer um calote, junto com a nação americana quebram a China, o Japão, a Koreia, os Ingleses, muitos países árabes e o Brasil. O mundo inteiro vai quebrar em cascata. E não é a primeira vez que isto vai acontecer.



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