terça-feira, junho 28, 2011

Resultado da votação do "PL 122" do Rio de Janeiro

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O QUE ACONTECEU COM A VOTAÇÃO DA PEC 23/2007


Bandeira do Estado do Rio de Janeiro

João Cruzué

O Governador Sérgio Cabral começou a sentir o peso do mindinho de Deus. Não ficou impune seu ativismo contra as famílias cristãs brasileiras. Foi ele que entrou com uma ação de inconstitucionalidade no STF de onde procedeu votação favorável a introdução do "terceiro sexo" e do casamento gay, ao arrepio do inciso III do artigo 226 da Constituição Brasileira. Você sabia disso?

Ou será que foi por acaso que o Governador viu a morte de perto quando deixou seu lugar na primeira viagem do helicóptero que caiu lá na Bahia? E as consequências políticas do episódio que trouxeram o foco da imprensa sobre suas relações com grandes empresários do Rio? Foi uma simples coincidência?

Deixando isso de lado, pois não é este o propósito do texto, foi um verdadeiro massacre a votação da PEC 23/2007 - o PL 122 - do estado do Rio, que pretendia ser o 4º Estado brasileiro a introduzir o termo "opção sexual" entre as garantias individuais da Constituição Estadual.

Resultado da votação: 39 x 2. Trinta e nove contra.

Era tanto pastor e famílias no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, que os parlamentares - normalmente tão "modernos" pelas costas do povo, não tiveram coragem de aprovar o texto pretendido pelos homossexuais. Sob a devida pressão, político não vacila: vota pela própria sobrevivência.

O povo dá mesmo um cheque em branco para um político. Mas estamos diante de novos tempos, em que a informação não fica mais escondida. Não se pode mais preencher aquele título com qualquer coisa que venha a cravar nas costas dos eleitores. Pelo menos no meio evangélico é assim. Fez besteira, a irmandade nunca esquece. Tem memória de elefante. E os mesmos bumbos (blogs) que elegem e enterram políticos desde Bill Cliton também estão começando a emitir sinais de fumaça no Brasil. E crente adora mexer com blogs, twitter, orkut, facebook - somos apaixonados por comunicação.

Sabe quem estava lá acompanhando os crentes? O Pr. Silas Malafaia, o Pr. Marcos Gregório, o Pastor Abner Ferreira...

Foram 39 votos contra o parecer do relator. Acabou!

Os cristãos estavam quietos. Aí, com o velho e roto discurso de "país laico", uma minoria esperta pretendia continar colocando cabresto nas famílias cristãs. O país é laico, na verdade, mas 75%¨de seus cidadãos são cristãos. Isso significa votos. O combustível que alimenta ou sepulta qualquer carreira política.

Isso é democracia. Não é o melhor dos regimes, mas é o único em que a minoria não impõe seus conceitos e atitudes sobre a maioria dos cidadãos.

Mexer com o povo evangélico é correr o risco de enfrentar os juízos de Deus. Se Ele não quiser não vai acontecer nada. Mas se Deus decidir humilhar e derrubar a soberba de qualquer pessoa, seja do presidente ao um morador de rua, ela não se ergue nunca mais.

Ninguém é obrigado a crer nisso, mas a Bíblia está cheia de exemplos de quedas. Por isso é bom pensar no contraditório, para não cair do cavalo.



Nota: Quero deixar aqui publicamente meus parabens aos irmãos Paulo e Rubens Teixeira pelo agito que têm dado através do blog www.holofote.net. Valeu irmão Rubens! Aquele "Prêmio Blogueiro Cristão de 2007" foi uma excelente escolha.





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segunda-feira, junho 27, 2011

O discipulado em crise na Igreja Assembleia de Deus


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"DISCIPULADO - CRISE, CAUSAS e a CURA."


A Igreja Evangélica
Assembléia de Deus passa por uma crise no discipulado, de acordo com a opinião do Pastor Charles T. Crabtree, encarregado da Comissão para Educação Cristã e Discipulado da AD nos Estados Unidos (em 2006). Julguei importante repetir esta mensagem, porque as Assembleias de Deus brasileiras também passam pelo mesmo problema. Imagino que seus ministros acham que ministrar apenas o conhecimento teológico (Seminários e EBD) resolve o problema. Não! Discipulado tem que ser feito na prática - indo onde os perdidos estão e interagindo diretamente com eles. Se discipulado fosse somente o repasse de conhecimento, Jesus teria feito todo seu trabalho em uma sinagoga. Dedico o tema para reflexão de Ministros e apreciação dos Leitores do Blog Olhar Cristão. (Irmão João Cruzué)


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Charles T. Crabtree

Tradução de João Cruzué

"Quero dividir com vocês o peso em meu coração com respeito ao discipulado. Na última reunião do Ministério, fui convocado para servir como chefe da comissão de Educação Cristã e Discipulado. Vou conversar com vocês a respeito de uma crise no discipulado. O significado de crise na língua chinesa é "perigo com oportunidade". Eu creio que existe um grande perigo nas Assembleias de Deus no que concerne ao discipulado, mas junto ele vem uma oportunidade de assistir para elevar o nível desta Igreja. Eu quero discorrer sobre as causas da crise e em seguida a sua cura.

Para colocar isto em perspectiva, é importante observar o que acontece na Igreja como o Senhor vê. Afinal a Igreja é Dele. O que Ele pensa a respeito disso, é mais importante do que nós pensamos e o que Ele sabe é ponto final.

Nossos pais
na fé colocaram diante de nós uma ordenança bíblica com o OBJETIVO das Assembleias de Deus: evangelismo, discipulado, e edificação ou adoração. Permita-me tratar destas área com toda honestidade.

EVANGELISMO

Sobretudo, eu creio que a situação do evangelismo nas Assembleias de Deus não é digno de nota. Eu estou preocupado com a situação do evangelismo. Eu não vejo um influxo notável de conversões verdadeiras. Nos últimos dez anos ( 1996-2005) nós tivemos 5,3 milhões decisões declaradas para Cristo.

O crescimento de nossos cultos matutinos no domingo durante o mesmo período foi somente de 221,890 pessoas. Isto é apenas 4,2% de crescimento das conversões. Alguns dirão para mim: “Bem, vir para o culto matutino de domingo não é prova de salvação. Eu lhes direi, se um bebê não estiver sob os cuidados do lar, este bebê estará morto ou perdido ou com grandes problemas.

Alguns apontam que muitos “morreram” durante aquele período, e está é a razão por tão pouco crescimento. Se esta é a taxa de mortalidade, as Assembleias de Deus seriam a mais perigosa entidade no mundo para se juntar. A taxa de mortalidade seria de 200%, bem mais que o número de membros da Assembléia de Deus (EUA) que é de 2.8 milhões.

Outros dizem que as almas são salvas, mas em seguida vão para outras igrejas. Graças a Deusque elas estejam servindo a Jesus. Mas, nós as recebemos de outras igrejas tanto quanto as enviamos. Logo, as estatísticas falam de resultados pífios na área de evangelismo das Igrejas Assembleias de Deus Americana.

DISCIPULADO

As estatísticas também revelam uma crise no discipulado. Em sentido geral, discipulado nas Assembleias de Deus é ineficiente. O discipulado verdadeiro começa com obediência e comprometimento. Eu sinto muito em dizer-lhes que somente uma pessoa em quatro das decisões do último ano (2005) seguiram o Senhor até as águas do batismo, e uma em cinco receberam o batismo com o Espírito Santo. Se nós continuarmos nesta tendência, eu projeto que em dez anos, teremos uma minoria de crentes pentecostais dentro das Assembleias de Deus. Por isso devemos ter uma profunda preocupação a respeito do discipulado Pentecostal.

Adoração

Eu creio que o estado da adoração nas Assembleias de Deus tornou-se incidental em lugar de penetrante. O que eu quero dizer com isso? Para muitos, adoração é um incidente na manhã de domingo, não um estilo de vida. Por exemplo, a musica durante um culto é apenas uma pequena parte da adoração na vida de um crente. A grande expressão de adoração deveria ter lugar entre os domingos. Ele não apenas digno de ser adorado em casa, mas Ele é digno de ser honrado no supermercado e cultuado no lar. A Adoração é para ser constante, humilde obediência ao Senhor em todas as áreas da vida.

AS CAUSAS

Eu tenho uma profunda preocupação a respeito do triplo propósito da nossa Igreja. Quais são as causas por trás das informações? Nós precisamos chegar às causas, e então nós descobriremos a cura. A primeira causa pela ineficiência do evangelismo e discipulado nas Assembleias de Deus e na grande Igreja americana, é a pregação de um outro evangelho – as boas novas para o ego. A cruz não é mais o foco central em grande parte da pregação.

Uma boa pessoa, não é uma nova pessoa.

Parece que a Igreja americana diz para aqueles que passam por suas portas “ Vocês são pessoas boas, e a igreja pode dar-lhes valor adicionado para a vida temporal. E dá. Mas esta não é a primeira razão por que a igreja existe. A Igreja existe para tornar as pessoas prontas para a eternidade, e não para amanhã. Isto não é um evangelho temporal; é um evangelho eterno, e o âmago deste evangelho é a cruz e um arrependimento verdadeiro.

O que nós temos é uma cultura que diz: “Se vocês querem confessar com suas bocas o Senhor Jesus, isto é tudo que nós vamos exigir. Nós não estamos pedindo para uma mudança de comportamento, nós queremos é uma mudança de doutrina. Nós queremos que vocês creiam no caminho que nós cremos, mas como vocês vão agir isto é problema de vocês”. E quando vocês vierem para esta igreja nós prometemos que não confrontaremos vocês com o pecado. Nós não faremos você sentir ao menos um pouquinho convertido”.

Nós vemos isto mais e mais. É a filosofia do universalismo: “Aceitem Jesus, e Deus cuidará do resto. Todo mundo está eventualmente indo para o céu de qualquer maneira... Então não fiquem nervosos. Tudo o que você precisa fazer é ser uma boa pessoa, não uma nova pessoa”.

Em muitas partes do mundo, você tem que crer em seu coração que Deus ressuscitou Jesus de entre os mortos. Você tem que crer que Ele é Senhor, e que Ele é a autoridade final. Se você não crer em seu coração, seria estúpido aceitá-lo com seus lábios por que em muitos países você seria perseguido até, ou mesmo martirizado por causa de sua fé em Cristo. Na América é popular confessar Jesus com os lábios, mas não é popular viver uma vida santa.

Nós precisamos ter um mover do Espírito Santo que trará uma divina revelação concernente ao poder da Cruz junto com o Jesus ressurreto, então as pessoas dirão: A pérola de grande preço é mais valiosa que este lixo, todas estas bobagens e todas estas ricas mercadorias. Deus é digno. Nós não renunciaremos a estas coisas materiais chorando, nós renunciaremos a elas glorificando e adorando e agradecendo a Deus. Jesus nos amou tanto, que Ele disse “Eu quero mudar sua vida, dar-lhe uma nova vida e quero que você comece de novo. A velha vida é uma desordem, você não poderá melhorá-la por si mesmo.” Eu creio que a razão para um evangelismo pífio é uma falta de insistência sobre o arrependimento dentro do coração tanto quanto a confissão da boca.

Calcule o custo antes de carregar a cruz

A segunda causa pela crise no discipulado é encontrada em Lucas 14:26-27: “Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo”.

O que é a sua cruz? Sua cruz é viver em um mundo hostil e abandonando a sujeira, podridão, e pecado nos lares, famílias, locais de trabalho e dizer: “Não, senhor, eu sou um Cristão; eu sou um seguidor de Cristo. A única razão que você pode fazer isto é para amá-lo mais que a sua vida, mais que a você mesmo. O Verso 28 dá um formidável requerimento de discipulado: não comece até que você saiba o custo.

Eu creio que as Assembleias de Deus necessitam irradiar esta mensagem: “O alto custo de servir a Jesus” Você sabe o que acontecerá? As pessoas virão aos milhões para uma causa que é maior que suas próprias vidas. Se nós “amolecermos” o evangelho e deixar passar um discipulado frouxo, nossos jovens não ficarão interessados em algo que não é desafiador.

É tempo de confrontar; é tempo de desafiar e oferecer um estilo de vida alternativo – uma vida submissa a Cristo – de tal modo que as pessoas observarão que é uma alegria segui-LO. Se nós perdermos nossas vidas pela Sua causa, nós experimentaremos uma vida cheia de milagres.

Arrependimento não é um conceito negativo. Ele abre a porta par viver uma nova vida cheia de poder divino e bênçãos, mas por uma razão – viver a vida Cristã, e não apenas ouvir falar dela. A razão das pessoas estarem tão desesperadamente apatetadas na igreja é porque elas não planejam fazer uma coisa que elas ouvem na igreja. Elas não entendem discipulado.

O Espírito Santo fortalece o discipulado

Muitos cristãos vêm a um templo para ouvir as pessoas tentar motivá-las para viver a vida cristã – para dá-las ferramentas espirituais. Mas se elas não vão usar estas ferramentas, por que estariam elas interessadas em examiná-las. Em outras palavras, se elas não estão planejando testemunhar, pregar, alcançar o perdido ou impor as mãos sobre o doente, porque elas necessitariam de batismo no Espírito Santo? Não haveria propósito nisto.

Você contrataria um “personal trainer” para fazer seus exercícios? Em certo sentido muitos fazem isto todo domingo. Eles estão pedindo para que profissionais façam seus discipulados. A razão por que esta igreja não é maior hoje na América é porque os profissionais estão fazendo a obra do ministro que é suposta para ser feita entre os domingos pelos templos. Eles colocaram Jesus debaixo de uma casa preso em quatro paredes e cápsulas de tempo. Não é inteiramente falta dos leigos. Muitos líderes espirituais têm dito para os discípulos de Cristo: Vocês vão vencer aqui, vocês adoram aqui, e vocês servem a Deus aqui. Não se preocupem se tiverem qualquer efeito lá fora. Este tipo de pensamento deve mudar.

É tempo para a Igreja preparar-se no sábado à noite para se levantar na segunda pela manhã e dizer: “Nós vamos ser uma Igreja forte, saudável e nós vamos mudar o mundo através de nossa fé em Deus e nossa obediência ao Senhor. A única maneira que nós podemos impactar a América hoje é ter um discipulado que seja poderoso no Espírito Santo do lado de fora de um templo no período entre os domingos.

Avivamento significa produtividade sadia

A resposta para nosso dilema é o avivamento. Minha maneira de pensar sobre o avivamento é muito diferente do que a maioria pensa. Tempos atrás eu estava em um aeroporto apressado para ir a bordo do avião. Eu ouvi uma tremenda comoção e vi um homem grande no chão. Eles tinham rasgado sua camisa e tentavam revivê-lo. Eu sussurrei uma oração enquanto passava, mas assim que segui a caminho do jato, o Espírito do Senhor falou para mim, e disse; Considera isto. Se eles o trouxerem de volta, todo mundo se regozijará. Se ele tiver o cérebro prejudicado, haverá alegria com um grande sentimento de tristeza. Se eles trouxerem-no de volta e ele estiver bem, haverá uma alegria maravilhosa. Mas se ele disser: “Agora que estou curado, não preciso fazer mais nada”, haverá uma terrível frustração.

Avivamento é trazer a igreja de volta a uma produtividade sadia. Nós não temos um avivamento para sermos abençoados; nós temos avivamento para nos tornar uma bênção.

Vocês estariam chocados em como pequeno eu me senti a respeito de respostas emocionais. A maioria dos avivamentos são pré-pentecostais, preparando pessoas para ser pentecostais. E em seguida nós paramos o louvor em lugar de mover para o discipulado. Pensem a respeito disso. Nós estamos dizendo que ser curado ou ser salvo é o bastante, mas o Senhor quer uma Igreja Pentecostal sadia para estar em constante avivamento – em constante produtividade no evangelismo, no discipulado, na adoração. Minha oração é: “Deus, traga de volta as Assembléias de Deus á conscientização do Senhor como SENHOR, não como um título denominacional para uma vida temporal, mas como uma ferramenta para mudar o mundo.

A terceira causa por trás de um discipulado ineficiente é um descuido de uma exigência básica do discipulado, encontrada em João 8:31: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos”. É por isso que creio que avivamentos são pré-pentecostais. Freqüentemente pessoais experimentam o derramamento do Espírito Santo, recebem o batismo (suas experiências no cenáculo), então voltam-se para a cruz e recebem outra bênção, mas nunca são produtivos. Por que? Porque eles não continuam em Sua palavra. É imperativo que eles continuem sob Sua autoridade.

Depois do Pentecoste, as Igrejas do Novo Testamento foram eficientes porque elas continuaram. Elas continuaram em oração, evangelismo, comunhão, culto, em atitude de servos, e na doutrina dos apóstolos.

A tarefa diante de nós é desafiadora, mas nós estamos confortados porque sabemos que vamos fazer é certo. É certo criar um discipulado pentecostal nas Assembleias de Deus. Por causa disso, Deus nos ajudará.

A CURA

Um novo discipulado.

Então, o que é a cura? A cura é organizar igreja sistematicamente para um novo discipulado. Quando a igreja é preparada para o avivamento, os ministros têm fé para preparar o povo para o influxo. Eu prego em algumas igrejas e quando faço um convite, para meu desespero, não existe ninguém para ajudar em volta do altar. Isto é porque eles não têm planos para dar boas-vindas a novas vidas que vêm para a igreja.

Eu creio que vocês devem ter fé o bastante para fazer planos. Eu creio que as Assembleias de Deus necessitam planejar para um novo dia em discipulado. Conseqüentemente, nós estamos dissolvendo a velha Agência de Escola Dominical e a velha Comissão de Discipulado, e nós vamos colocá-las juntas sob uma única Comissão – a Comissão para Educação e Discipulado Cristão.

Nós organizaremos igrejas modelos pelo país que vão fazer pequenos grupos de acordo com manuais de orientação de uma igreja Pentecostal. Nós promoveremos nossos próprios modelos de pequenos grupos. Nós diremos para as pessoas: “Vá até estes vários modelos espalhados pelo país e aprendam com eles.” Nós treinaremos pastores, diretores em educação cristã, e líderes de pequenos grupos, para estarmos prontos para receber aqueles que estão interessados em começar e sustentar um ministério de pequenos grupos. Através desta estratégia, as pessoas estarão repassando treinamento de praticantes.

As igrejas expressarão o discipulado de muitas maneiras e formas diferentes, segundo a direção do Espírito Santo. Com a ajuda do Senhor, nós nos moveremos de um discipulado ineficiente para um poderoso ministério que levará as pessoas do altar para o trono. Nós tomaremos bebês em Cristo e os discipularemos em produtivos adultos espirituais.

O amor que nunca falha.

Nós devemos iniciar com cuidado e cautela das criancinhas em Cristo. Bebês podem ser um problema, mas eles valem a pena se você amá-los. Meu amigo Jim Hall, dá-nos um ótimo exemplo. Quando um novo bebê está junto com uma família reunida, todo mundo é dono do bebê. Eles passam o bebê de um para outro. Mas quando chega a hora de alimentar o bebê, a mãe dirá: “Onde está o bebê? Eu sou a responsável.”

Eu quero perguntar a qualquer um, “Vocês estariam abertos para amar um novo convertido? Sua igreja poderia preparar mamães e papais espirituais para quando qualquer perguntar: “Onde está o bebê” você poder dizer: “Ele está em boas mãos.”

Haverá alguém que entenda onde estes bebês estão, amá-los, serem amigos deles e cuidar para que eles estejam seguros nos braços amorosos da igreja? Você não sabe o que fazer em discipulado? Ame os. Esta é a resposta. E não vá pelo seu programa, vá pelo deles. Pode não ser conveniente, mas eles são bebês. Eles são dependentes, eles precisam de alguém para entendê-los. Eles têm que ser alimentados para não morrer.

Cristãos bebês estão morrendo aos milhares junto aos degraus das portas das igrejas sem amor e sem cuidado. O que nós estamos dizendo para você é que a grande qualificação é o amor – amor por Jesus, amor pelos perdidos, e amor pelos novos convertidos. O amor nos ensinará o que fazer. “O amor nunca falha.” ( 1 Coríntios 13:8)

Se nós amarmos através de Jesus, nós podemos transpor os problemas e inconveniências. Nós podemos mesmo nos alegrar na viagem. Se nós ofendermos os bebês, isso nunca funcionará; mas se nós amá-los, nós veremos milagres não apenas em suas vidas, mas também nas nossas.

CONCLUSÃO

Com a ajuda de Deus, nós mudaremos nosso mundo através de uma Igreja cheia de força, discípulos cheios do Espírito, que amarão as almas o bastante para transformar programas não produtivos, tradições egocêntricas e atividades sem significado para um ministério excitante de amor por Jesus traduzido em uma vida disciplinada de propósitos eternos e produtividade espiritual."
Fim

Nota: A mensagem acima condensada foi entregue aos empregados do Conselho Geral durante um culto semanal na capela da sede do Conselho Geral das Assembleias de Deus em Springfield, Misouri, EUA, em 15 de agosto de 2006.


Fonte: Enrichment Journal
Tradução de João Cruzué



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domingo, junho 26, 2011

UD 3191, como Deus é Fiel

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João Cruzué

UD 3191 era a placa amarela de um Chevette Hatch, cinza, ano 80, comprado em 87 Cz$4.100.000,00, que ficou conosco até 2002, quando foi vendido por R$200,00. Se você está precisando ouvir uma palavra de fé por causa de tempos dífíceis, este testemunho vai fortalecer seu coração. Os protagonistas desta historia foram minha esposa e eu.

Em 1987 ela vendia bordados de Ibitinga e orou por um carro, para vendas de porta em porta.

Um Chevette Hatch 1980

Alguns dias depois, achamos um Chevette Hatch usado, prateado, lindo,pelo preço Cz$4.100.000,00. Havia tantos zeros na moeda que não mais me recordo se eram milhões cruzados ou milhares cruzados novos. Uma época, em que Sarney era Presidente. E quando ele começava seu discurso assim: "Brasileiras e Brasileiros..." todo mundo saáa correndo aos postos porque o preço da gasolina ia aumentar.

Depois da fase dos "bordados", ajudei minha esposa a levar pessoas em excursões "bate e volta" para o Paraguai.

Fui vendedor de planos de saúde da Unimed Paulistana, atividade que o Senhor preparou para me fazer mais otimista. Eram muitas aflições, e também muitas orações.


Depois ganhamos nosso pão ornamentando eventos.


Fomos dezenas de vezes com aquele Chevette na "Feira de Flores" que acontece no Ceasa de São Paulo nas madrugadas de terças e sextas-feiras. Ao dobrar seu banco traseiro, cabia muita coisa. Rosas vermelhas: "dalas" e "vegas"; rosas champangne: "oceânias" e "versilhas". Crisântemos: "margarida", "polar"; lisiantos brancos e lilazes. Tuyas, maços de gipsófila, paulistinhas, smailacs, heras, tangos, caixas de espumas florais, orquídeas, lírios para buquês, cestas de vime, bambu e argila.Ufa!

Uma curiosidade de 1992 a 2002, nosso carro não foi licenciado. Com os recursos sempre lá embaixo, lembro-me do dia que orei ao Senhor mais ou menos assim:

--Pai, eu preciso de ajuda. Nosso dinheiro dá suprir apenas nossas necessidades básicas. Gostaria que o Senhor cuidasse deste detalhe, porque o dinheiro do licenciamento vai nos fazer falta.

E Deus foi fiel. Nunca fomos abordados, em nenhuma blitz, em nossos caminhos para levar nossas filhas, todo dia, para suas escolas em Santo Amaro, para ir aos cultos na Igreja, para comprar roupas no Largo do Cambuci de vez em quando. Enquanto o modelo das placas dos carros já eram brancas e com três letras, a daquele Chevette sempre ficaram nas amarelas.


Um dia, eu pude ver a mão de Deus em ação. Precisando ir na Vila dos Remédios buscar um arco de ornamentação com duas grandes colunas eu orei assim: "Senhor, a Vila dos Remédios é muito longe. Nosso carro ainda está com essas placas amarelas... Vou pedir uma bênção especial. Quero ir e voltar em paz sem ter o carro apreendido. À noite, Pai, eu darei um oferta de agradecimento.

E fui buscar o arco.


Passei pela Avenida João Dias, depois da ponte e abasteci. Antes do antigo Banco Bamerindus, hoje HSBC, dobrei à direita, na Rua Gibraltar, para pegar o caminho da "Marginal". Quando acabei de virar, sabe quem estava lá na frente? Um guarda de trânsito. Voltar eu não podia; correr não ia dar certo.

Vi um motorista parado junto ao guarda, e tive uma ideia. Parei bem lado e perguntei: Seu guarda, como faço para pegar a Marginal? E ele, muito prestativo ensinou: vai em frente, dobra para a direita depois esquerda,...faça assim e assim... E foi desse jeito, com muita classe, que eu passei com um carro velho, com placas amarelas proibidas bem diante dos olhos do guarda, que não viu nada. Não estou me gabando de esperteza, mas testemunhando que Deus é fiel e responde orações.


Fui na Vila dos Remédios, e trouxe o arco duas colunas para ornamentação, enormes, dentro daquele Chevette. Não sei como, mas coube. Voltei em paz, feliz da vida e cumpri meu voto. Uma oferta de gratidão na Igreja. Deus não precisava do meu dinheiro, mas aceitou tratar comigo.


O Chevette foi se deteriorando, à medida que a "grana" ficava ainda mais curta. A ferrugem foi aumentando e comendo tudo. Ele era viciado ém óleo; toda semana bebia um litro. Tornei-me em um mecânico bastante razoável. Trocar velas, esquentá-las nas chamas do fogão para secar o óleo; trocar pastilhas de freio, fazer sangrias, eram por minha conta.

A coisa piorou tanto que precisei colocar uma pedaço de ripa de madeira para substituir a máquina quebrada do vidro da porta do lado do motorista

O escapamento era terrível. Quando minha esposa saía da garagem para a rua acelerando aquela "bagaça," o ronco era ensurdecedor.

Em 1994 fomos cuidar de nossa primeira congregação - a Assembléia de Deus do Parque Santo Antônio. Nosso carro era o mais feio de todos. Eu cheguei a ouvir um comentário de meu pastor supervisor de que era possível saber quem o crente tal está chegando à Igreja, só pelo barulho do carro. Acho que ele falava da gente.

E nós continuávamos esperando com paciência pelas bênçãos que "nunca" chegavam. Infelizmente, de vez em quando, também ouvíamos pregações "cotovelando" nosso estômago sobre o testemunho de certos crentes que estavam sempre debaixo de lutas e nunca prosperavam. Enfim...

E aquele velho Chevette que era lindo quando foi comprado, agora estava caindo aos pedaços. E fica muito difícil acreditar se eu lhe contar que mesmo nestas condições ele foi roubado, na madrugada que minha esposa foi buscar meu sogro na Rodoviária do Tietê. O vidro da porta estava com uma pequena fresta e ó... foi-se.

Isso mesmo roubado! E achado, uma semana depois na calçada da subida da curva da Figueira Grande, na Estrada do M'Boi Mirim. Passou uma semana, como ninguém mexeu no carro, nem puseram fogo nele, fomos lá, pusemos gasolina, uma bateria e ainda nos serviu por quase de um ano buscando flores do Ceasa e carregando os equipamentos de decoração. Caminhando naquela curva há dois anos, o montinho de concreto onde o diferencial dele ficou preso - ainda está lá. Sete anos! Deus é fiel.

E para finalizar, um sitiante comprou aquela "relíquia" por R$200,00. Ele dava cem, mas minha esposa achou um desaforo. Ou dava duzentos ou não teria negócio. Teve.

Ficamos sem carro por um ano.

Em julho de 2003, depois de onze anos sem um sustento fixo, o Senhor nos deu uma oportunidade de trabalho no Hospital do Campo Limpo, Município de São Paulo. Depois disso houve um concurso e passei . Minha esposa também havia conseguido uma oportunidade como professora substituta em uma escola estadual.

Em Dezembro de 2004, o Senhor nos concedeu a oportunidade de comprar nosso primeiro carro 0km, um Celta 2004 - DMJ 8496. Ficamos com ele pagando prestações até outubro - 2006. Na terceira semana de outubro/06, nós o trocamos por um Corsa Classic também novinho em folha -mas sem dívidas. Na segunda semana de outubro 2008, trocamos o Classic por um Renault Logam, nosso primeiro carro 1.6. E dois anos depois, em 23 de dezembro de 2010 nós compramos outro carro 0km - uma Minivan Livina da Nissan. Mas nunca nos esquecemos daquele Chevette, para agradecer a Deus.


Foi através dele que Senhor nos provou e preparou para as bênçãos dos anos seguintes. É por isso que precisamos dar graças pelos dias de "deserto" porque é o tempo de preparação para aprender a sermos mais agradecidos. Se não dar graças por tudo o que temos e acontece no do dia a dia, como vamos aprender a ser grato pelas grandes bênçãos descritas no Salmo 23?

Dê graças em tudo.

Aguarde orando, porque o Senhor também vai virar a sua sorte.


Eu fiquei desempregado durante 11 anos (julho/92 a julho/2003). Não passava em nenhuma entrevista. Mas as coisas mudaram de 2003 em diante. Em 2004, passei no primeiro concurso. Em 2009, passei em uma entrevista com o Secretário de Finanças do Município de São Paulo para um cargo ainda melhor. Mas eu seria apenas um servidor emprestado.

Mas não fui para lá, pois na última semana de minha mudança recebi um telegrama em casa, para tomar posse de um cargo de agente de fiscalização em um Tribunal de Contas Estadual. Vaga conquistada por concurso prestado em 2005. Quase quatro anos depois da prova. Uma bênção enorme. E ainda teve mais. Recusei vaga de contador no Tribunal de Justiça de São Paulo, também conquistada em concurso - porque o salário era menor. Três oportunidades em seis meses.

Há dois dias, recusei outra vaga, de contador no Tribunal de Justiça de São Paulo, também conquistada por concurso, mas de salário menor.

Durante 11 anos eu mandava currículos e só levava porta na "cara". Mas o Senhor estava olhando. Um dia Ele deve ter pensado: como é que que esse moço ainda insiste? Abençoa ele também Pai.

Isto aconteceu comigo. Se você estiver em situação parecida, saiba que nenhuma palavra escrevi no texto é mentirosa. Deus é fiel mesmo. Se Ele atendeu às minhas orações, também não vai falar com você. Basta manter em seu coração (sempre) alguma atividade na Casa do Senhor que glorifique o seu nome, para que no dia que o Senhor olhar para você não veja seu coração vazio e desocupado. Ocupe-se e mantenha-se ocupado. Ô Glória!


Se este testemunho tocou sua vida, ore por mim. E não deixe de me contar quando sua bênção chegar.


cruzue@gmail.com







A decisão do STF sobre a marcha da maconha

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Livre manifestação de expressao de apologia ao consumo de maconha

.João Cruzué

Creio, na minha opinião, que o Supremo Tribunal Federal errou ao votar pela absolutização da liberdade de expressão de opinião e reunião dispostas no artigo 5º, Incisos IV e XVI da Carta Magna. A consequência imediata do parecer do STF foi a realização da Marcha da Maconha em 40 cidades brasileiras.

A explicação dos participantes era de que a manifestação pública, com cartazes e tudo mais, não fazia apologia da Canabis. Alguém aí me belisque se o que eu estou lendo não é produto de um sonho... Se isto não for apologia, não sei mais o que seria...

Nosso Conselho de grandes Sábios tem tomado certas decisões desconcertantes. Quero citar algumas.

1 - A criação da Reserva Ianomami "Raposa Terra do Sol" em Roraima, na forma de aréa continua. Os agricultores e moradores do local foram expulsos e mal-pagos, depois da decisão do STF. Resultado? O mundo lá fora aplaudiu, mas os índios da região estão passando fome. Para não morrer à míngua, um êxodo está acontecendo em direção à periferia de Boa Vista. Muitos índios preferem a condições de extrema necessidade das malocas a enfrentar a foice da morte da fome na reserva, cujo nome é publicidade enganosa. Seria mais adequado "Raposa Terra da Fome"

2 - A recusa de extradição do criminoso italiano Cesari Batisti, tem o dedo do Supremo, que deixou a batata queimar e depois a colocou nas mãos do Presidente Lula.

3 - O Jornalista Pimenta Neves ficou 11 anos impune, mesmo sendo ele réu confesso. Metade desse tempo depois de ter sido julgado e condenado. Por que? Excesso de possibilidades de recursos, disponíveis a quem tem din din para custear um bom advogado.

4 - Foi do Supremo a mais recente decisão de criar o terceiro sexo, passando um trator sobre o artigo 226 da Constituição, sob a alegação (imagino) de que ele estava inconstitucional.

5 - O julgamento dos mensaleiros, cujos processos estão se empoeirando em alguma gaveta no STF, pelo visto não vai sair.

E mais amostras do gênero há, que agora não consigo me lembrar.

Agora, no mês de junho de 2001, veio uma surpresa ainda maior: Fazer manifestação em praça pública em favor da descriminalização da Maconha, no entender da Suprema Corte, não é a mesma coisa que fazer apologia da maconha. Ora, ora, isto parece com aquela situação de meia-gravidez! Lembrando a verve do falecido governador Brizola: Se isto tem rabo de jacaré, escama de jacaré e dente de jacaré, só pode ser, então, um jacaré!

Daí, se tem cartaz com a foto da Canabis, gente na passeata usando um cigarro e insinuando baforadas, o que poderia ser, então, senão apologia da erva?

Será que o legislador quando redigiu a minuta do texto constitucional e os Constituintes que votaram e o Presidente da Constituinte que sancionou os artigos 5º e 220 da CF de 1988, impregnaram a Lei Maior com um espírito de absolutização de todo e qualquer pensamento e manifestação mesmo?

Por exemplo: Havia neles o desejo de tutelar a marcha da cocaína? a marcha da Pedofilia? a marcha do PCC? a marcha de neonazistas? De marcha contra o Holocausto e Judeus?

Será? Deduzo que não.

Eu imagino, no meu pouco saber jurídico, que os constituintes não estavam pensando em tudo isto não. Creio que houve um mau julgamento de suas Excelências, Magistrados do STF, interpretando como 100% absoluto, um texto constitucional cujo teor tem algo de relativo nele.

E isso me traz a lembrança a parábola da Roupa do Rei, que era feita de fios invisíveis de ouro, que apenas podia ser vista pelos súditos que tinham inteligência e grande sabedoria...





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A Igreja Assembleia de Deus depois do Centenário

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Retrato dos Missionários Berg e Vingren e a logomarca do Centenário

João Cruzué

Vi pela TV uma parte das comemorações do Centenário da Igreja Evangélica Assembleia de Deus brasileira, celebradas pela Igreja-Mãe em Belém - Capital do Pará. Foi ali, em 18 de junho de 1911, que os missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren juntamente com outras 19 pessoas, se reuniram pela primeira vez em uma congregação própria, depois de terem sido expulsos pelo pastor da Igreja Batista local, que os repudiou e se escandalizou com o ensino da doutrina do Batismo com o Espírito Santo. Inconscientemente, a atitude daquele pastor foi o "pontapé" inicial para a construção da maior Igreja Evangélica que já se viu por terras brasileiras. Nem os Correios nem a Coca-Cola conseguiram chegar nos lugares e vilas deste país onde a Assembleia já chegou. É aceito que metade (20 milhões) dos evangélicos brasileiros é assembleiana.

O Pastor Samuel Câmara, não é nenhuma unanimidade dentro de nossa Igreja, mas uma coisa justa deve ser dita: Ele se empenhou e assumiu uma responsabilidade financeira enorme para receber o povo assembleiano nas comemorações do Centenário. Mostrou que tem uma liderança natural. Nos mapas estatísticos de contribuição por Estados, pode ser notado que 90%, ou mais, das contribuições para a construção do Memorial do Centenário tinha a seguinte origem: O estado do Pará. Não estaria faltando com a verdade se dissesse que o Pará arcou praticamente sozinho com os custos financeiros do grande evento.

Foi magnífica a presença da esquadrilha da fumaça da FAB que desenhou um coração nos céus de Belém. Foi surpreendente ver o Pastor Samuel Câmara sendo entrevistado e mostrado no Jornal Nacional, falando sobre as festividades assembleianas. Fiquei admirado de ver os nomes dos logradouros públicos de Belém homenageando os dois grandes heróis missionários do passado: Parque Ecológico Gunnar Vingren...Avenida do Centenário...Minha esposa comentou com grande precisão, que isto denotava o empenho dos políticos evangélicos do Pará.

A grande ausência que não pode ser disfarçada pelo tamanho da "pisada na bola" foi patrocinada, infelizmente, pelas lideranças da CGADB. O que eles fizeram? Nada! Com o que eles contribuíram? Nada.

E porque não contribuíram nem participaram? imagino que a grande omissão seja pelo fato de acharem que as comemorações patrocinadas pela Igreja-mãe fossem um grande fiasco.
Não foram!

Não "houve" celebração da CGADB de um outro Centenário paralelo. Agora só daqui a outros 100 anos. Quem foi omisso nesta, não estará vivo para corrigir a falta na próxima - em 2111.

Só aconteceu um Centenário - o realizado pela Igreja Mãe, feito pelos crentes assembleianos do Estado do Pará sob a liderança do Pastor Samuel Câmara.

Parabéns crentes e pastores da Igreja Mãe em Belém do Pará.

Com certeza ainda deve ter dívidas a pagar, pelas responsabilidades assumidas para o acontecimento deste grande evento. Já separei a minha oferta. E incentivo aos que lerem este texto a fazê-lo também. A obra foi feita com alegria e beleza. Surpreendeu até o Brasil que não é crente.

Eu tinha perdido o prazer de ser Assembleiano, mas o achei de novo.












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sábado, junho 25, 2011

Café com Jesus 8

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A Igreja e as Obras Sociais.


João Cruzué

"E eis que aproximando-se dele um jovem lhe disse: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? E o Mestre respondeu: Por que me chamas bom? Só há um bom - que é Deus! Se queres porém entrar na vida, guarda os mandamentos." Foi assim que um moço muito rico se aproximou de Jesus.

--E quais são os mandamentos? Pela segunda vez o jovem perguntou.

E Jesus lhe disse:

--Não matarás;

--Não adulterarás;

--Não furtarás;

--Não dirás falso testemunho.

--Honra teu pai e tua mãe;

--E amarás o teu próximo como a ti mesmo.

E depois de ter ouvido os seis mandamentos, o jovem justificou-se e ainda voltou a perguntar pela terceira vez: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade. Que me falta ainda?

E Jesus vendo a insistência dele, respondeu na medida: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me.

Depois dessas palavras aquele jovem retirou-se mudo e triste, porque possuía muitas propriedades.

Eu ainda não tinha analisado com cuidado este texto. Nos seis mandamentos citados por Jesus, apenas o último enseja a obra social. Como houve insistência do jovem rico em querer ir além, pois deve ter descobrido que ainda havia a falta de alguma coisa, Jesus continuou e foi direto:

-- Vai (ação) vende tudo o que tens (teste de liberalidade) e dá-o aos pobres (o próximo).

É curiosa a forma de atuação das lideranças das grandes Igrejas Evangélicas de nossa época. Eu já ouvi do pito que certo líder deu em certo pastor que abriu o precedente em tirar um pouco do dinheiro da Igreja para atender às necessidades de certa pessoa necessitada. Acrescentou que se tivesse que ajudar todo mundo a Igreja não teria como custear suas despesas.

Embora haja alguma ração no raciocínio daquele Bispo, a mesquinhês não era o padrão da Igreja primitiva. O foco no início não era a compra de terrenos nem a construção de Templos e muito menos um cofre trancado a sete chaves.

A julgar por este tipo de raciocínio o que "prejudica" o foco destes líderes de hoje são os "próximos" a pedra no sapato deste tipo de "liderança." Não estão nem um poco preocupados com os detalhes oferecidos em Mateus capítulo 25.

Perfeição? As grandes Igrejas de hoje não demonstram interesse verdadeiro em obra social coisa nenhuma. Ficam só no aspecto formal e moral: muita teologia, muito conhecimento, muita "palavra" mas sem olhar para as necessidades dos pobres. Um 'evangelho' do venha-sempre-a -nós" e uma "banana" para o próximo.

É uma vergonha o tamanho da obra social que tais grandes Igrejas fazem hoje. Me faz lembrar a brincadeira de uma antiga chefe de trabalho, uma senhora espírita que sempre teve o meu respeito. Quando a "gente" levava algum bolo de casa para dividir com os colegas no expediente ela dizia:

-- A amostra estava muito boa; agora quando é que você vai trazer o bolo de verdade?




Se você gostou: leia meu primeiro Café: Café com Jesus 1

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Convite ao XI Congresso de Missões em Moçambique


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João Cruzué

Depois de mais de uma década fazendo Missões na África, o Pastor Itamar Fernandes, líder da organização transcultural "MISSÕES PIEIA", vai realizar entre 11 e 16 de outubro de 2011 o XI Congresso de Missões para o Interior da África. O Congresso a partir deste ano acontecerá em aldeias localizadas no meio da selva africana, dando assim a oportunidade daqueles que sentem um chamado especial para a África de ter contato real e direto com a realidade daquele continente.

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Durante o Evento você terá oportunidade de participar:

1 . Da construção em um dia de uma Congregação em uma aldeia africana;

2 . Comer, cantar, dançar e orar com irmãos nativos da África;

3 . Viajar pela selva africana e ver os animais em seu verdadeiro habitat;

4 . Participar de batismos em pequenos lagos e no litoral do Oceano Pacífico;

5 . Beber água mineral e tomar banho direto das nascentes;




Inscrições com o Pastor Itamar Fernandes & Família. contato@pieia.com






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quinta-feira, junho 23, 2011

Sociedade Bíblica do Brasil homenagea Igreja Mãe das Assembleias de Deus na celebração do Centenário



CENTENÁRIO DA ASSEMBLEIA DE DEUS DO BRASIL

MARCA A HISTÓRIA DO PROTESTANTISMO NA NAÇÃO BRASILEIRA

Pastores: Samuel Câmara e Mauricio Price

Pastor Mauricio Price

Cerca de 100 mil pessoas lotaram o Estádio Olímpico do Mangueirão na noite do dia 18 no culto de encerramento do Centenário da Assembleia de Deus no Brasil, que iniciou dia 16 de junho em Belém do Pará. Ao longo dos dias de comemoração, uma multidão acompanhou pregações e louvores de conferencistas e cantores nacionais e internacionais, tendo na noite de encerramento, o Evangelista Reinhard Bonnke – um dos maiores evangelistas pentecostais da atualidade no mundo – como preletor oficial.

O ápice do evento foi a apresentação do grupo paraense Celebrai, que interpretou um dos hinos do Centenário, "Avante Vai!", levantando a multidão. Nesse momento, houve queima de fogos e apresentação de uma coreografia que simulou a chegada dos pioneiros, Daniel Berg e Gunnar Vingren, em Belém, no ano de 1911.

Os familiares de Gunnar Vingren e Daniel Berg e caravanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Maranhão, interior do Pará e de várias partes do Brasil marcaram presença no local, além de várias autoridades públicas municipais e estaduais que prestigiaram o megaevento.

O presidente da Assembleia de Deus em Belém, pastor Samuel Câmara, disse que o momento reflete a força do povo e a gratidão a Deus por um século de vida da Igreja, que começou com dois homens em Belém e se expandiu por mais 176 países, alcançando milhões de pessoas em todo o mundo. “A Assembleia de Deus é feita pelos seus fiéis, que são maiores que seus líderes, e têm joelhos que oram, mãos que trabalham e corações que vibram. Eu me alimento dessa vibração. Essa é a minha verdadeira inspiração”, concluiu.

O pastor Mauricio Price, presidente do Diretório Estadual no RJ e conselheiro nacional da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) esteve presente no evento, entregando uma placa de homenagem da SBB para a Igreja Mãe.

‘’ Estou emocionado em presenciar essa festividade profundamente espiritual aqui em Belém do Pará, terra do Pentecostes no Brasil. Parabenizo meu amigo, Pr. Samuel Câmara e toda a liderança da Igreja-mãe em Belém do Pará pela grande festa e mobilização na cidade nesses dias. Estou convicto ainda que a Assembleia de Deus no Brasil vive uma nova fase em sua história. Antevejo um grande despertamento espiritual, comunhão e unidade da Igreja. Somos a geração do Centenário! ‘’

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segunda-feira, junho 20, 2011

Cinco minutos para voltar a sonhar

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"O futuro pertence aos que acreditam
na beleza de seus sonhos."
Eleanor Roosevelt
João Cruzué

Portanto, vós orareis assim: Pai Nosso que estais no céus, santificado seja o vosso nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu." Evangelho de Jesus Cristo - Mateus 6:9-10.

Deus criou-nos para expressar a beleza do seu amor.

Somos mais belos que árvores, flores, o mar e todos animais. Todas essas coisas, a princípio, podem ser deslumbrantes, mas se contempladas muitas e muitas vezes vão diminuir de beleza até trazer o tédio. As pessoas são diferentes; cada uma pensa, sente e age de forma ímpar. Somos seis bilhões e meio de indivíduos nascidos para ser diferentes na forma, mas iguais na capacidade de amar. Foi Deus, o Criador, que nos fez assim.

Outro dia, andando pela rua, vi uma moça que estava rindo sozinha. Ela não se apercebeu de mim, e absorta, continuou seu caminho pensando e sorrindo. O que estaria ela pensando para sorrir tanto? Com certeza lembrando-se de alguém, ou quem sabe, fazendo planos, ou envolvida em alguma coisa boa que estaria prestes a acontecer.

Em tempos de tantos pesadelos é raro ver alguém sorrindo no meio da rua. E, por falar nisso, como anda seu estoque de sorrisos? Você sabia que é preciso sonhar para voltar a sorrir?

Da mesma forma que você pode reaprender amar a si mesma(o) cuidando melhor da sua alimentação, aparência e da forma física, existe algo ainda melhor: você pode descobrir os planos de Deus para sua vida usando apenas cinco minutos para sonhar. Parece pouco tempo, mas é o bastante.

O que poderia pensar em cinco minutos? Não importa se tenha 12, 30 ou 90 anos, os sonhos não podem ser limitados nem pelo tempo, nem pelo espaço, nem pela lei da gravidade. Quando sonhamos somos livres.

Certo prisioneiro estava sobre uma cadeira, com um lençol amarrado em volta do pescoço. ele tinha pesadelos horríveis, e "alguém" insistia com ele para se matasse. Então, vinha em sua mente uma lembrança do tempo de criança. Ele lembrava-se de seu pai segurando suas mãos caminhando na feira até a barraca do pastel. Ao voltar dessa lembrança, apercebia-se que esta a beira do suicídio e descia da cadeira.

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" Jesus Cristo, João 8:32.

Quando o profeta Eliseu perguntou à viúva: Declara-me o que é o que tens em tua casa? Ela parou, pensou e respondeu que nada possuia. Esforçando-se um pouco mais, lembrou-se, que em meio ao "nada", tinha alguma coisa: uma única botija de azeite.

Para se lembrar daquela botija, não gastou mais que alguns segundos. O que é uma botija de azeite? Pode ser alguma coisa que está com você ou em você e ainda não foi notada. Mas Deus sabe fazer o milagre da multiplicação com aquilo que você tem e julga de pouco valor.

Há um mal que tira o sorriso das pessoas: milhões delas estão habituadas a ver a vida como um quarto escuro sem nenhum raio de luz - 24 horas por dia. Mas o sol existe e está brilhando lá fora; basta um pequeno sonho para abrir a janela da alma e deixar penetrar a luz.

Há um maravilhoso propósito de Deus para sua vida. Creia nisso. Você nasceu para expressar a alegria e o amor de Deus. Acredite nisso. Quanto maiores são as dificuldades, maior é a bênção do outro lado da ponte. Alguém já disse no passado que o muro quando está a nossa frente é uma barreira; ao transpô-lo, ele se torna nossa segurança.

Se você parar um pouco e usar cinco minutinhos para meditar nas coisas boas que ainda pode fazer, vai trazer uma revolução para sua vida. Quem consegue sonhar, também consegue sorrir. Sonhar, é pensar em coisas novas que você ainda não tentou, ou bater de novo naquela porta que você já bateu centenas de vezes. Sonhe com uma oportunidade grande e desafiadora.

Li um fato real no jornal há uns 20 anos. No Vale do Jequitinhonha, arrendam-se áreas de terrenos para cavar minas à procura de pedras preciosas. Uma dupla de mineiros passou muitos meses cavando, e cavando, mas só achava cascalho. Desanimados, desistiram de cavar e devolveram a mina. A terra foi arrendada para outros garimpeiros que após cavarem menos de meio metro, na mesma mina, encontraram um pedra de águas-marinas de cerca de duas toneladas.

Os que desistem dos seus sonhos, primeiro perdem o próprio sorriso, depois perdem a bênção. Sei o que é isso, pois passei onze anos enviando, e enviando currículos, desempregado. Mas sempre esperando pelo dia em que uma porta se abriria. Justamente quando mais me entristeci por uma entrevista mal sucedida, veio uma nova oportunidade. Refiz mais uma vez o currículo; quando fui entregá-lo à gerente do RH, ela nem quis receber-me. Tudo parecia repetir-se pela milésima vez. Mas aquela vez foi a última. Depois de onze anos, a porta não bateu na minha face, ela abri-se e enlargueceu-se.

Os sonhos são como a estrutura de uma ponte.

Do lado de cá, estão as dificuldades, as mazelas, os preconceitos, os desprezos, os zombadores, os linguarudos, os urubus... Mas do outro lado, o Senhor já providenciou as vitórias e está esperando a sua chegada. Mova-se! É sempre interessante esse fato: O profeta Samuel foi até a casa de Jessé - o belemita, para derramar azeite da unção sobre a cabeça do novo rei. Enquanto todo os irmãos estavam em casa, ociosos, o jovem Davi estava ocupado, cuidando das ovelhas da família.

Você entra com o sonho e Deus com o milagre.

Assim vai se cumprir a mais bela promessa do Salmo 23: Deus proverá uma mesa e vai colocá-la(o) assentada(o) atrás dela. Diante de você, mas do lado de cá do rio, estarão os zombadores, os urubus, os preconceituosos, os apedrejadores, os linguarudos, que de longe, vão avistá-la(o), surpresos sem entender nada.

Jesus é o seu raio de sol.

Quando todas as portas estiverem fechadas, os amigos "te" abandonam e você está no mais profundo dos poços, olhe para cima e procure por Jesus Cristo. A porta do céu nunca está fechada. Ele é o nome do socorro no dia da angústia. Foi Ele mesmo que disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

Bastam cinco minutos. Se você ousar um sonho e pensar nele cada dia, Deus vai de abrir a porta. Se você entrar por esta porta, e continuar caminhando, Ele vai abrir portas maiores. Porque se você caminhar com Jesus, enquanto Ele não cumprir toda vontade de Deus na sua vida não descansará.

Jesus ama você!



autor: cruzue@gmail.com

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domingo, junho 19, 2011

Celebrando o Centenário da IEAD com consciência

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Victor Leonardo Barbosa

Blog Geração que lamba

Texto: Hebreus 11: 32-40.

Introdução:

Não há como fugir do fato de sermos assembleianos, e logicamente com isso estarmos vivenciando um acontecimento distinto em nossa vida cristã e na história de nossa denominação, que nesta semana completa 100 anos de história. Tal celebração de 100 anos provocou grande alvoroço, polêmica e partidarismo em nosso meio, o que certamente pode nos levar a não ter o ânimo suficiente para participar dessa importante festa, todavia vários fatores devem ser levados em consideração para não somente comemorarmos, mas comemorarmos de forma consciente e sadiamente bíblica. Listei algumas dessas razões:

Razões:

-Devemos celebrar em memória dos pioneiros.

Assim como os heróis da fé, no texto de Hebreus, que ficaram marcados nas páginas sagradas como exemplos e testemunho de uma genuína vida espiritual, tendo seu nomes registrados na galeria da fé, temos na história de nossa denominação vários homens como Daniel Berg, Gunnar Vingreen, Samuel Nystrom, Bruno Skoliwoski, Nels Nelson e tantos outros que nos deixaram uma marca profunda de amor sofrimento e caráter cristão. Temos também o exemplo pastoral de Francisco Pereira do Nascimento, o qual possuía grande intimidade com minha família, sendo por várias vezes lembrado com carinho por parte de minha a avó. Não podemos ter dúvida que somos o fruto do esforço desses homens que tanto se dedicaram a obra de Deus.

A memória desses homens nos incentiva a celebrar o centenário, mas deve andar em conjunta com mais uma razão.

- Devemos celebrar em memória dos que já se foram.

Quantos piedosos irmãos gostariam de celebrar o centenário da denominação que eles formavam em louvor a Deus? Tantos e tantos irmãos, genuínos crentes, que amavam tal denominação e tanto testemunharam de sua qualidade? Tenho como motivação pessoal a figura de minha avó, falecida há alguns meses atrás, que esperava ansiosa por tal data. Nós, como crentes demos origem a essa instituição, não devemos a menosprezar devido aos problemas do atual sistema que a tanto prejudica. Levando isso em conta, passemos a outra razão:

- Em benefício da comunhão.

Muitos irmãos e pastores genuínos fazem parte desta denominação, sendo que o centenário, se celebrado de forma positiva pode nos trazer grande benefício espiritual e recreação santa. Temos a oportunidade de conhecer irmãos e obreiros de outras partes do país que estarão nesta festa, assim também como reencontrar obreiros que moram fora do Pará.

Alguns preferiram não participar do evento, como o amado pastor Geremias do Couto, sendo este um homem que traria grande alegria se viesse a Belém, porém apesar de suas razões diferiram quanto as minhas apresentadas aqui, as considero boas e legítimas e tratarei um pouco mais sobre isso adiante. É importante que se diga que para que tal comunhão e alegria no momento da festa permaneçam e não haja frustrações desnecessárias, é importante que tenhamos consciência de como não celebrar tal festa. Como por exemplo:

a) Não celebrando de forma partidária: É por demais óbvio que a igreja Assembléia de Deus começou em Belém, ninguém pode tirar de Belém essa glória, todavia as atuais intrigas envolvendo a liderança da CGADB e a Igreja-Mãe acaloraram o debate e deram bastante combustível para a propaganda ideológica e política, tal embate só trouxe cansaço e problemas e revela-se sendo inútil as portas da celebração. Chega de partidarismo e busquemos comunhão com genuínos crentes.

b) Não ignorando os problemas que nos cercam: Nossa denominação possui graves problemas estruturais, administrativos e pastorais. Não há dúvida que veremos um pouco desses problemas durante as celebrações. Um exemplo disso é a presença de pessoas que não trazem nenhum bem a esta denominação, talvez alguns irmãos se ofendam com minhas afirmações mas creio eu que é necessário dizer. Não vejo bem algum em ter Marco Feliciano em nossa festa, alguém afastado da doutrina bíblica, fora os mais recentes escândalos na rede social Twitter. Assim também como não posso ignorar ter em nosso meio a figura de Guliherme Alex², o qual, dentre tantas heresias já relatadas por diversas testemunhas, prega um evangelho falso, que leva muitos a perdição. Nós somos salvos pela fé somente em Cristo Jesus! Isso que nos torna crentes genuínos. Colocar outra coisa no lugar dessa verdade é incorrer em heresia e condenação, ter tal pessoa em nosso meio nada traz em benefício da igreja e deste centenário.

Não podemos, como muitos, colocar um óculos com lentes cor-de-rosa e dizer que tudo vai bem às nossas igrejas, mas termos consciência de que tais problemas existem, mas tais problemas não devem ofuscar as razões de celebrar o centenário, ainda que não esqueçamos, mesmo por um momento, tais problemas. Segue-se agora a última razão para celebrarmos este centenário.

- Para a glória de Deus.

Todos os itens anteriores são reduzidos a nada se não buscarmos ter como finalidade a glória de Deus (1 Co 10:31). Essa deve ser a nossa motivação em celebrarmos o centenário, lembrando que aprouve a Deus salvar a muitos por meio de homens que constituem essa instituição eclesiástica. Caso você, como outros homens piedosos, não queira comemorar o centenário, não comemore. Não há problema nenhum em seguir sua consciência nesta questão e você não estará pecando em ter tal atitude. Porém com essas razões aqui alistadas, creio que nós, como crentes, devemos nos alegrar e participar de tal celebração, lembrando que Nosso Senhor em todas as coisas tenha glorificado o seu Santo Nome.

Conclusão:

Façamos festa, sem ignorar os problemas e perigos que nos cercam, tendo em mente a glória de Deus e a alegria da comunhão com os irmãos (Sl 133).



Sermão dominical pregado neste domingo último 12/06/2011¹.

quarta-feira, junho 15, 2011

Centenário da Assembleia de Deus no Brasil

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Pesquisa na Revista do Mackenzie


Reverendo Alderi Souza de Matos*

O PENTECOSTALISMO NO BRASIL

A partir de Los Angeles, e especialmente de Chicago, o pentecostalismo rapidamente se irradiou para vários outros países. O movimento entrou cedo (1910). No início o crescimento nesses e em outros países foi lento, mas se intensificou a partir da década de 50. Desde os anos 70, o pentecostalismo também se expandiu na América Central, especialmente na Guatemala e El Salvador, onde representa respectivamente 30% e 20% da população. No Chile, cerca de 80% dos protestantes são pentecostais. Nesse país, o pentecostalismo marcou a nacionalização do protestantismo. São muitas as razões da expansão pentecostal na América Latina: as vicissitudes históricas da obra evangelística e pastoral católica, o limitado trabalho das denominações protestantes, o misticismo das culturas ibero-americanas, os graves problemas econômicos, políticos e sociais.

A primeira manifestação de entusiasmo religioso no protestantismo brasileiro é atribuída por Émile Léonard ao movimento liderado por Miguel Vieira Ferreira (1837-1895). Esse engenheiro, presbítero e pregador leigo da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, membro de uma família aristocrática de São Luís do Maranhão, acreditava que Deus ainda se revelava diretamente às pessoas, como nos tempos bíblicos. Dotado de um temperamento místico, certa vez teve uma espécie de transe, ficando totalmente imóvel por longo período de tempo. Disciplinado pela igreja por insistir nas suas idéias, o Dr. Miguel retirou-se com um grupo de crentes, a maior parte parentes seus, e criou a Igreja Evangélica Brasileira (1879), que subsiste até hoje. Todavia, esse grupo é diferente em vários aspectos do movimento pentecostal surgido algumas décadas mais tarde.

O sociólogo Paul Freston fala sobre “três ondas” ou fases de implantação do pentecostalismo no Brasil.24 A primeira onda, ainda nos primeiros anos do movimento pentecostal norte-americano, trouxe para o país duas igrejas: a Congregação Cristã no Brasil (1910) e as Assembléias de Deus (1911). Essas igrejas dominaram amplamente o campo pentecostal durante quarenta anos. A Assembléia de Deus foi a que mais se expandiu, tanto numérica quanto geograficamente.

A Congregação Cristã, após um período em que ficou limitada à comunidade italiana, sentiu a necessidade de assegurar sua sobrevivência por meio do trabalho entre os brasileiros. É interessante o fato de que, quando chegaram os primeiros pentecostais, todas as denominações históricas já haviam se implantado no país: anglicanos, luteranos, congregacionais, presbiterianos, metodistas, batistas e episcopais. Todavia, o seu crescimento havia sido modesto. Em 1931, fazendo um levantamento sobre o protestantismo nacional, Erasmo Braga ironicamente dedicou apenas umas poucas linhas à Assembléia de Deus e nem se referiu à Congregação Cristã no Brasil.

A segunda onda pentecostal ocorreu na década de 50 e início dos anos 60, quando houve uma fragmentação do campo pentecostal e surgiram, entre muitos outros, três grandes grupos ainda ligados ao pentecostalismo clássico: Igreja do Evangelho Quadrangular (1951), Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo (1955) e Igreja Pentecostal Deus é Amor (1962), todas voltadas de modo especial para a cura divina.

Essa segunda onda coincidiu com o aumento do processo de urbanização do país e o crescimento acelerado das grandes cidades. Freston argumenta que o estopim dessa nova fase foi a chegada da Igreja Quadrangular com os seus métodos arrojados, forjados no berço dos modernos meios de comunicação de massa, a Califórnia.26 Esse período revela uma tendência digna de nota – a crescente nacionalização do pentecostalismo brasileiro. Enquanto que a Igreja Quadrangular ainda veio dos Estados Unidos, as outras duas surgidas na mesma época tiveram raízes integralmente brasileiras.

A terceira onda histórica do pentecostalismo brasileiro começou no final dos anos 70 e ganhou força na década de 80, com o surgimento das igrejas denominadas “neopentecostais”, com sua forte ênfase na teologia da prosperidade. Sua representante máxima é a Igreja Universal do Reino de Deus (1977), mas existem outros grupos significativos como a Igreja Internacional da Graça de Deus (1980), Igreja Renascer em Cristo, Comunidade Sara Nossa Terra, Igreja Paz e Vida, Comunidades Evangélicas e muitas outras. Assim como a ênfase da primeira onda foi o batismo com o Espírito Santo e o conseqüente falar em línguas, a da segunda onda foi a cura e a da terceira, o exorcismo e a mensagem da prosperidade. Uma importante precursora dos grupos neopentecostais foi a Igreja de Nova Vida, fundada pelo canadense “bispo” Robert McAllister, que rompeu com a Assembléia de Deus em 1960. Essa igreja foi pioneira de um pentecostalismo de classe média, menos legalista, e investiu muito na mídia. Foi também a primeira igreja pentecostal a adotar o episcopado no Brasil. Sua maior contribuição foi o treinamento de futuros líderes como Edir Macedo e seu cunhado Romildo R. Soares.

Outros grupos pentecostais e neopentecostais brasileiros resultaram da chamada “renovação carismática”. Esse movimento surgiu nos Estados Unidos no início dos anos 60, com a ocorrência de fenômenos pentecostais nas igrejas protestantes históricas e também na Igreja Católica Romana.28 No Brasil, a “renovação” produziu divisões em quase todas as denominações mais antigas, com o surgimento de grupos como a Igreja Batista Nacional, a Igreja Metodista Wesleyana e a Igreja Presbiteriana Renovada. Essa adoção de crenças e práticas carismáticas, principalmente na área do culto, continua afetando em maior ou menor grau as denominações tradicionais até hoje. A esta altura, é oportuno considerar alguns representantes significativos do pentecostalismo brasileiro.

Assembléia de Deus

Essa igreja, que veio a se tornar a maior denominação pentecostal e evangélica do Brasil, bem como uma das maiores do mundo, também teve as suas raízes em Chicago, a cidade norte-americana onde o pentecostalismo mais cresceu nos primeiros tempos e na qual 75% da população era constituída de imigrantes ou filhos de imigrantes. Entre estes estavam dois suecos de origem batista: Gunnar Vingren (1879-1933) e Daniel Berg (1885-1963). Vingren, filho de um jardineiro, foi para os Estados Unidos em 1903 e estudou no seminário da igreja batista sueca em Chicago. Em seguida, pastoreou algumas igrejas e abraçou o pentecostalismo, época em que conheceu o colega Daniel Berg. Este era filho de um líder batista e também havia emigrado para os Estados Unidos. Retornando ao seu país em 1908, descobriu que um amigo de infância, Levi Pethrus, havia se tornado pentecostal. Ele seria posteriormente o líder do pentecostalismo sueco. Influenciado por Pethrus, Berg abraçou a fé pentecostal quanto retornava para os Estados Unidos em 1909. Conhecendo Vingren, os dois se uniram pelo ideal missionário. Enquanto oravam com um patrício, este profetizou que deveriam ir para um lugar chamado Pará.

Os dois obreiros fixaram-se em 1911 em Belém do Pará, onde passaram a freqüentar a igreja batista, cujo pastor, Erik Nilsson ou Eurico Nelson, também era sueco. Alguns meses depois, a mensagem pentecostal de Vingren e Berg produziu uma divisão na igreja, surgindo assim o primeiro grupo da nova denominação, que inicialmente foi chamado “Missão de Fé Apostólica”, um dos nomes dos primeiros grupos pentecostais dos Estados Unidos. Só alguns anos mais tarde foi adotado o nome Assembléia de Deus.

A partir de 1914, outros missionários suecos começaram a chegar para auxiliar os pioneiros. O auge da presença sueca na Assembléia de Deus ocorreu nos anos 30 e praticamente cessou após 1950. O ano de 1930 foi muito significativo, porque marcou a nacionalização do trabalho. Na primeira Convenção Geral, realizada em Natal, com a presença de 11 suecos e 23 líderes brasileiros, a igreja adquiriu autonomia em relação à missão sueca, que lhe transferiu todas as propriedades. Houve também a virtual transferência da sede nacional de Belém para o Rio de Janeiro.

Mais tarde surgiu uma ligação mais estreita com os Estados Unidos, cujos missionários têm exercido influência na área da educação teológica. Analisando essa trajetória, Paul Freston observa que os missionários suecos, que tanta influência tiveram nos primeiros quarenta anos da Assembléia de Deus no Brasil, vieram de um país religiosa, social e culturalmente homogêneo, no qual eram marginalizados.

Como membros de uma minoria desprivilegiada, eles tinham poucos recursos financeiros e rejeitavam a ênfase no aprendizado formal, fatores esses que influenciaram a igreja brasileira. Assim, as Assembléias de Deus, bem como outros grupos pentecostais pioneiros, não estabeleceram as relações de dependência que caracterizaram as missões históricas.

Nos primeiros quinze anos, a expansão da igreja limitou-se ao norte e nordeste. Todavia, na época da nacionalização, em 1930, já estava presente em vinte estados, contando com cerca de 40.000 congregados. Quanto às peculiaridades da igreja, Freston aponta para o seu sistema de governo “oligárquico e caudilhesco”, que seria fruto da influência cultural nordestina.

Exemplo disso são os diferentes “ministérios”, nem sempre amistosos entre si, e a grande autoridade exercida pelo “pastor presidente”, verdadeiro bispo de uma cidade ou região, sendo essa posição geralmente atingida após uma lenta ascensão. Nas últimas décadas têm ocorrido crises resultantes desse modelo de liderança, do fenômeno da ascensão social dos adeptos e da concorrência com novos grupos pentecostais. A maior crise enfrentada pela igreja foi o cisma que deu origem à Convenção Nacional das Assembléias de Deus de Madureira. Esse ministério havia sido fundado pelo gaúcho Paulo Macalão, filho de um general, que entrou em conflito com os missionários suecos, críticos do seu rigor legalista.

Consagrado pastor por Levi Pethrus em 1930, ele se tornou independente e passou a abrir trabalhos em vários estados. As tensões crescentes após sua morte (1982) levaram à exclusão de Madureira pela Convenção Geral (1989), que assim deixou de representar cerca de um terço da Assembléia de Deus no Brasil.

Ao contrário da Congregação Cristã, que não tem literatura própria, a Assembléia de Deus publica desde 1930 um periódico oficial, Mensageiro da Paz, e possui uma editora de grande expressão. A igreja enfrenta forte tensão entre manter a tradição conservadora e populista e aceitar novos valores como a ênfase no aprimoramento intelectual. Freston destaca que a formação cultural ultrapassada faz com que os líderes “percam terreno para grupos pentecostais mais novos, com menos tradições arraigadas para dificultar sua adaptação à moderna cultura urbana brasileira”. Ainda assim, a Assembléia de Deus é um fenômeno impressionante, com os seus mais de 8 milhões de afiliados (quase metade de todos os pentecostais brasileiros), muito mais numerosos que os da congênere americana, com 2 milhões.

Com o passar do tempo, essa igreja vem se tornando mais parecida com as outras denominações evangélicas, revelando maior sobriedade no seu culto e uma preocupação crescente com a preparação intelectual e teológica dos seus obreiros.


*O autor é ministro presbiteriano, professor de história da igreja no Centro Presbiteriano de Pós- Graduação Andrew Jumper, em São Paulo, e historiador da Igreja Presbiteriana do Brasil.


Fonte: Revista do Mackenzie




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