sábado, novembro 13, 2010

A Bíblia de Myanmar: tradução de Adoniram Judson:

.
Aung San Suu Kyi

Prêmio Nobel da Paz 1991
João Cruzué

Hoje 13 de novembro de 2010, Aung San Suu Kyi a principal oposicionista do regime birmanês foi liberta da prisão. Ela passou 16 anos na prisão pública ou domiciliar nesses últimos 21 anos. Em 1991 ela foi agraciada com o Prêmio Novel da paz. Myanmar ou Burma - como o país é conhecido no mundo é governada por tiranos de uma junta militar.

No Ano passado um ciclone devastou o país. Na oportunidade troquei alguns emais com um irmã da Igreja Batista de Myanmar.

Todavia o assunto principal deste post não é a Senhora Suu Kyi, mas o Missionário americano Adoniram Judson, que traduziu a Bíblia para a língua birmanesa no século XVIII. O que me atrai na biografia de Judson, é que ele levou cinco anos para ganhar a primeira alma para Jesus naquele país; nove anos de trabalho para batizar 18 almas.

Imagino que deva ter morrido pensando que seu trabalho foi um culto ao fracasso. Se ele fosse pastor nos dias de hoje, de certas igrejas "neopentecostais" teria sido demitido em menos de seis meses por falta de resultados.

Resultados? Hoje há mais de dois milhões de almas convertidas a Cristo naquele país. Sabe qual a tradução da Bíblia que eles usam? a de Adoniram Judson. Verdeiramente o semeador semea as sementes da esperança regando com as próprias lágrimas, para que, um dia, o ceifeiro colha os frutos com alegria às vezes pensando que foi por seu esforço pessoal. Lembrando Martin Luther King: "Longe nas brumas da eternidade, os olhos do Senhor estão atentos e a tudo observa."


O TRABALHO DE JUDSON

EvJoao
Evangelho de João, capítulo 1: 01-13
A Bíblia Judson para Myanmar

A tradução da Bíblia Sagrada para a língua birmanesa foi uma das grandes contribuições que o Missionário batista, americano, Adoniram Judson deu para a obra missionária em Myanmar no século 18.

Veja a beleza dos caracteres do idioma de Burma e perceba o enorme esforço de missões através de milhares de horas de estudos, pesquisas e horas de sono. Um projeto de 20 anos que teve começo, meio e fim, pois sempre esteve debaixo da graça do Senhor.

O primeiro convertido veio somente depois de sete anos de evangelização. Depois de nove anos de trabalho batizaram apenas 18 almas. O custo cobrado foi altíssimo: três filhos e a esposa mortos, prisões em condições subumanas. Mas veio um tempo em que seu esforço foi recompensado.

Por ocasião de um festividade budista no Pagode Dourado de Rangoon, distribuiu quase 10 mil folhetos apenas aos que lhe PEDIRAM. Algumas pessoas viajaram cerca de três meses, desde as fronteiras da China, atrás de uma Escritura porque souberam que existia um inferno eterno e queriam fugir dele. Quando Adoniram Judson presenciou aqueles dias, eu sei que ele chorou. Chorou de contentamento porque valeu a pena o esforço e o sacrifício de cada dia dos 20 anos de seu trabalho.

Em tempos de tantos crentes e de tantos projetos, uma questão sempre vem para análise: é certo que os planos de Deus existem para serem colocados em prática pelos discípulos de Cristo; como seria bom se cada um soubesse o que, como, onde e quando agir.

Considerando que o saber é de acúmulo coletivo creio que uma de nossas maiores fraquezas está na falta de diálogo melhor com as pessoas que nos cercam, pois Deus fala conosco através delas. Assim não perderíamos tempos com o secundário não nos empenharíamos esforços em portas fechadas nem desistiríamos ante à primeira derrota.

Eu sei que Deus procura os fiéis da terra: homens e mulheres; jovens e velhos; estaremos nós dispostos a esperar em oração o tempo necessário para ouvir a Sua voz e dar um passo de cada vez sem escorregar nas cascas de bananas do diabo ou tropeçar nas pedras espalhadas pela nossa própria presunção?

Precisamos investir mais de tempo para ler e meditar mais sobre a vida de dois homens simples que causaram grandes estragos na "horta" do diabo: na Índia por William Carey e na Birmânia ( Myanmar) por Adoniram Judson.


Se você lê inglês, as melhores informações sobre Burma estão aqui: bgm





.
.

Nenhum comentário: