sexta-feira, abril 04, 2008

Isabella


"IBOPE" A
QUALQUER CUSTO

João Cruzué

Madelleine, Mariluz e agora Isabella. Em comum a morte na mesma idade: cinco anos. Tristíssimo. A mídia, leia-se a TV, não fala outra coisa: um café requentado que deve se estender por muitos dias, talvez meses e anos. Sem nenhuma cerimônia um delegado e a imprensa já "julgaram" e condenaram o pai e a madrasta, antes de qualquer prova substancial. Considerando tudo isto até o momento: sexta-feira, 04 de abril de 2008, às 18:00h.

A probabilidade de culpa dos suspeitos não é 100%. Daí existe a possibilidade de que o culpado possa ser outro personagem, e se isto acontecer muita gente pode ficar com a cara de "tacho" como já aconteceu muitas vezes no passado. De certo tempo para cá, comecei a ficar enfastiado com tanta notícia repetitiva na imprensa. Aquilo massifica; eu preciso do meu senso de realidade intacto.

Confira a carta escrita pelo pai de Isabella
sr. Nardoni, divulgada pela TV Record:

"Eu, como pai de três filhos, posso dizer sem dúvida uma coisa, que a Isabella é o maior tesouro da minha vida. Tenho outros filhos meninos, mas a minha menininha era a princesa da casa. A Isabella sempre foi muito carinhosa comigo e com os irmãos dela. Costumava dizer que era a mamãe do meu filho mais novo, o Cauã, e defendia o do meio, o Pietro, acima de tudo.

Quando me dei conta que tinha perdido a Isabella, senti naquele momento que meu mundo acabou. Não sei como caminhar. Todos estão me julgando sem ao menos me conhecer, não faria isto com ninguém muito menos com minha filha. Amo a Isabella incondicionalmente e prometi a ela, em frente a seu caixão, que enquanto vivo não sossego, até encontrar este monstro. Tiraram a vida de minha princesa de uma maneira trágica e não me permitem sentir falta dela, pois me condenam por algo que não fiz. Minha filha, como os irmãos dela, são tudo na minha vida, estou sem rumo.

Mas confio que Deus me dará forças para vencer esses obstáculos, mostrando o caminho certo para a justiça. Quero minha filha bem, em paz e tenho plena certeza e consciência tranqüila do amor que tenho por ela. Pois por mais que me julguem, só eu e minha filhinha sabemos a dor que estamos sentindo. E o mais importante é que Isa sabe o pai que fui para ela".

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Oremos para que a justiça dos homens não condene ninguém inocente tanto neste, como em qualquer outro caso.


cruzue@gmail.com


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